Mulher na gestão, mais impacto e maiores resultados

Sexo frágil ou punho de ferro? Nem uma coisa, nem outra: quando se trata de mulheres na gestão corporativa, equilíbrio, perspicácia e versatilidade são as características-chave.

E estas não são apenas palavras de apoio pelo Dia Internacional da Mulher, são dados empíricos. Uma pesquisa da consultoria McKinsey & Co mostra que empresas cujas lideranças estejam equilibradas entre homens e mulheres têm maior projeção a ter retorno financeiro acima da média de seus segmentos, além de ter relações mais fortes com os clientes, em função da diversidade social refletida na gestão.

Apesar disso, no Brasil o quadro ainda precisa de um empurrãozinho: em média, as mulheres respondem por 43,8% dos postos de trabalho do país, mas ocupam somente 37% dos cargos de direção e gerência, além de ganharem 76% do salário dos homens (dados do IBGE).

Mas a mudança parece já estar ocorrendo. No cenário global, o ganho de posições por lideranças femininas avança. Alguns grandes exemplos são Sheryl Sandberg, diretora de Operações do Facebook desde 2008, Alison Cooper, presidente da Imperial Tobacco, e Ana Patricia Botín, presidente do Banco Santander.

Crescimento que também vem sendo notado quanto à percepção da contribuição feminina para o incremento da gestão corporativa. Há poucos dias, o CEO do Santander no Brasil, Sérgio Rial, destacou que a mulher tem papel transformador no século 21, porque é “a primeira semente de conhecimento ao gerar uma vida em seu ventre e a educar para o futuro”.

O CEO disse, ainda, enxergar a riqueza de experiências do universo feminino como superior à do masculino. “A pluralidade de papéis da mulher é uma grande vantagem”, afirmou.

Pluralidade e riqueza na qual se incluem atenção aos detalhes, criatividade, empatia, agilidade na solução de problemas, entre outras, que são estatisticamente ligadas ao perfil feminino, mais do que aos homens.

A qualificação também é um item crescente entre as mulheres. Segundo o IBGE, as profissionais do sexo feminino no Brasil têm grau de instrução mais elevado do que os homens em diversas verticais.

Por tudo isso, o horizonte apresenta dias melhores por vir: conforme levantamento da S&P Global Market Intelligence, um dos efeitos da chamada “transformação digital” será minimizar as diferenças de gênero no mercado de trabalho.

Profissional, líder, mãe, esposa, filha, avó: seja lá quais ou quantos forem os papeis da mulher, é fato que são experiências que se somam para enriquecer seu poder de gestão, e este é um perfil que tende a ser cada vez mais aproveitado pelas empresas de todo o mundo.

Não por acaso, mas pela lógica: companhias que têm mulheres em altos cargos executivos podem gerar rentabilidade até 15% maior, segundo estudo do Peterson Institute for International Economics realizado junto a 22 mil corporações de 91 países.

Força e inteligência, agilidade e sensibilidade, versatilidade e atenção. São muitas as características femininas que se aplicam ao ambiente de gestão, e, se depender do impacto que estas geram no mercado, sua participação só tende a aumentar.

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