Desde que se tornou acessível e popular, a internet vem fazendo maravilhas pela educação, tanto presencial quanto remota. Porém, é inegável que a ferramenta também tem um lado perigoso. Afinal, habilita o bullying nos espaços virtuais e a desinformação através de notícias falsas, por exemplo. Por isso, é imperioso que as instituições de ensino incorporem a chamada “educação midiática” aos seus currículos. Isso porque, com ela, é possível estimular o pensamento crítico e o uso adequado das redes sociais – os ambientes mais acessados pelos jovens na internet. Aliás, esse cuidado vai totalmente ao encontro das diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Trabalhando a educação midiática através das redes sociais
O passo mais importante no combate à desinformação é adquirir a consciência de que nem tudo na internet é confiável. Nas redes sociais, inclusive, menos ainda. Logo, é necessário planejar aulas e atividades que fomentem esse pensamento crítico nos alunos.
Para tanto, a primeira etapa da educação midiática – e a mais breve – pode ser expositiva. Assim, o professor apresenta à turma a lógica das diversas plataformas, salientando que, nas redes sociais, todos têm voz. Ou seja: tanto um profissional especialista em determinado assunto quanto um leigo sem credibilidade podem publicar nas redes e acabar “viralizando”. Assim, é preciso lembrar que ampla repercussão não é garantia de informação verdadeira – e que as ferramentas de checagem de fatos devem ser usadas.
Redes sociais na sala de aula
Já na segunda etapa, a educação midiática precisa ser posta em prática. Ou seja, sob a óptica da aprendizagem ativa, o aluno deve ser estimulado a produzir, pessoalmente, conteúdo para as redes. Isso porque, quando o estudante se torna autor (e não mero espectador), compreende muito melhor os processos daquilo que consome. Aliás, o professor pode ainda trabalhar com “contraexemplos”, propondo exercícios de edição de vídeo e manipulação de fotos. Assim, os alunos têm real noção de quão fácil é distorcer uma imagem e aprendem a avaliar a veracidade dos materiais. Tudo isso enquanto se divertem com as edições – e o aprendizado divertido é o caminho para obter engajamento da turma.
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